O evento foi registrado em 4 de agosto de 2023, durante o horário de expediente, e foi denunciado após imagens circularem nas redes sociais mostrando servidores participando da celebração.
De acordo com a denúncia encaminhada ao MP, o auditório, que deveria ser utilizado para fins institucionais, foi reservado para um chá de revelação – festa em que se anuncia o sexo do bebê. Para o mesmo dia e local, uma reunião do Instituto Servidores Públicos Municipais de Indaial (Indaprev) estava marcada, mas acabou sendo cancelada.
Chá revelação
Conforme os autos, a Secretaria de Educação afirmou que o evento foi uma “rápida confraternização”, com duração média de 15 minutos por participante, e que não houve prejuízo ao serviço público.
A pasta negou que o cancelamento da reunião do Indaprev no mesmo local tenha ligação com o chá revelação, alegando a “não concomitância de horário” e que o auditório estava sendo usado para guardar arquivos. Ao todo, 34 servidores estiveram presentes na confraternização.

Processo Administrativo Disciplinar
Após a denúncia, a prefeitura instaurou uma sindicância, que concluiu pela abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a servidora.
A Procuradoria Geral do Município informou que o processo disciplinar foi prorrogado devido à licença-maternidade da professora, que retornou às atividades em maio de 2024. O MP, no entanto, considerou o prazo de apuração excessivo e converteu o caso em Inquérito Civil para aprofundar as investigações.
O que dizem os envolvidos
A Prefeitura de Indaial, que não quis se manifestar. “O atual secretário de Educação de Indaial, Manoel Boaventura, não era gestor da pasta na época e por consequência não esteve presente na suposta confraternização. A Secretaria irá aguardar o processo de Inquérito Civil para qualquer manifestação oficial.”
Também entramos em contato com a servidora investigada, que afirmou estar “respondendo administrativamente por ter levado um café aos colegas de trabalho quando estava grávida.”
“Pessoas que queriam atingir a gestão distorceram os fatos e divulgaram inverdades. As calúnias e difamações publicadas por alguns veículos de informação e comentados por algumas pessoas estão registrados via boletim de ocorrência. Minha obrigação é responder aos meus superiores”, finaliza.