A polarização, alimentada por discursos inflamados e narrativas distorcidas, divide o país em trincheiras intransponíveis, onde o diálogo cede lugar ao confronto e a busca por consensos se torna uma utopia distante.
Os extremistas, tanto de direita quanto de esquerda, instrumentalizam as redes sociais como armas de guerra, disseminando fake news e discursos de ódio que envenenam o debate público. A moderação, outrora virtude, é vista como fraqueza, e a radicalização se torna a moeda de troca para a conquista de seguidores e a manutenção do poder.
No centro desse turbilhão, a democracia brasileira, já fragilizada por crises políticas e econômicas, corre o risco de ser consumida pelas chamas do extremismo. As instituições, outrora pilares da República, são atacadas e desacreditadas, enquanto a busca por soluções racionais e consensuais se perde em meio ao caos.
O futuro da política brasileira é incerto. Se o extremismo continuar a incendiar o debate público, a democracia poderá se tornar uma vítima fatal. No entanto, ainda há tempo para reacender a chama da razão e da tolerância, para reconstruir as pontes do diálogo e para resgatar a esperança em um futuro onde a política seja um instrumento de construção e não de destruição.