1. Crescimento online de grupos extremistas
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Desde 2024, houve um aumento quase quatro vezes maior das investigações policiais sobre propaganda neonazista no Brasil. Foram 129 casos, o maior número registrado no país até então .
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Redes como Terrorgram, um cluster de canais neonazistas no Telegram, estão se expandindo no Brasil, ecoando pautas de violência aceleracionista e supremacista .
2. Grupos neofascistas e intolerância armada
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A Atomwaffen Division Brasil (AWD Brasil) esteve ativa desde 2019, com cerca de 330 células dedicadas à propaganda fascista, traduções de manuais de explosivos e recrutamento juvenil. Em novembro de 2023, sete líderes foram presos na Operação Accelerare III por promoverem Nazismo e organização criminosa .
3. O modelo estadunidense como inspiração
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Especialistas da Council on Foreign Relations afirmam que os grupos de extrema direita no Brasil absorvem discursos e estratégias usadas pela direita americana. Movimentos como QAnon foram adaptados ao português e usados para sustentar narrativas conspiratórias e deslegitimar instituições democráticas brasileiras .
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A cobertura da WIRED destaca como aliados de Trump (ex-conselheiros como Steve Bannon) foram fundamentais na difusão dessas narrativas no Brasil: Bannon chamou manifestantes que atacaram o Congresso de “freedom fighters”, e aliados de Eduardo Bolsonaro reproduziram a retórica de fraude eleitoral importada dos EUA .
4. Os eventos de 8 de janeiro de 2023 como marco
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Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores extremistas de Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o STF e o Planalto em Brasília, inspirado diretamente no ataque ao Capitólio nos EUA em 6 de janeiro de 2021. Muitos militantes se referiam explicitamente àquele precedente como modelo de ação política .
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O planejamento foi coordenado por meio de grupos no Telegram, WhatsApp e redes sociais, com codinomes como “Festa da Selma” para burlar algoritmos de moderação .
5. Uso de Trump e retórica antipatriótica no discurso interno
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O ex‑presidente dos EUA, Donald Trump, foi frequentemente citado por Bolsonaro e por figuras próximas como aliado ideológico. Ele impôs tarifas de 50% sobre importações brasileiras para pressionar o governo brasileiro, num sinal claro de interferência política.
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Eduardo Bolsonaro chegou a buscar sancionar juízes brasileiros sob o Magnitsky Act e pediu apoio de Trump frente à Suprema Corte e ao STF .
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Esse tipo de apoio externo foi usado internamente como discurso de resistência nacional, mas, segundo críticos, reforça a narrativa de que o patriotismo defendido por esses grupos é uma fachada para legitimar dependência de discursos e agendas externas anti-brasileiras .
6. Consequências políticas e reações democráticas
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As ações de Trump geraram retrocesso político no Brasil: ao invés de fortalecer Bolsonaro, o endurecimento das tarifas e a interferência externa fizeram crescer o apoio popular ao presidente Lula, aglutinando consenso em torno da soberania nacional .
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Bolsonaro foi colocado sob restrições judiciais severas: monitoramento eletrônico, proibição de redes sociais e aproximação externa limitada, justamente por conluio com aliados americanos para pressionar instituições brasileiras
Conclusão
O fenômeno do extremismo de direita brasileiro conjuga um discurso patriótico interno com reverência e instrumentalização de figuras como Donald Trump. Ao mesmo tempo que clamam por “Brasil acima de tudo”, recorrem a apoio ou inspiração externa para deslegitimar as instituições brasileiras. Essa contradição revela a fragilidade democrática e o descompasso entre símbolos nacionais e práticas políticas.
Se quiser, posso sugerir estudos acadêmicos adicionais, entrevistas ou dados mais segmentados por estado ou plataformas.
