Santa Catarina amanheceu nesta sexta-feira (05) com uma megaoperação da Polícia Civil contra um suposto esquema de corrupção que desviava recursos de doações feitas a hospitais do estado. A ação cumpre 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em Joinville, Brusque, Blumenau e Florianópolis.
A investigação, que durou quatro meses, pode ser o maior caso de fraude em hospitais catarinenses já registrado, com prejuízo estimado em R$ 4 milhões. O esquema envolvia empresas que se apresentavam como intermediárias entre entidades filantrópicas e a Celesc, oferecendo a possibilidade de cidadãos realizarem doações na própria fatura de energia elétrica. Parte significativa do dinheiro, no entanto, nunca chegava às instituições de saúde, sendo desviado pelas empresas.
Entre os hospitais afetados estão o Bethesda, em Joinville, o Misericórdia, em Blumenau, e o Hospital de Azambuja, em Brusque. Em Florianópolis, até a própria Celesc figura como vítima, por não ter conhecimento do uso das contas de energia como canal de arrecadação.
Até o momento, três empresários foram presos em Joinville. As prisões são temporárias, mas podem ser convertidas em preventivas. Segundo o delegado regional Rafaello Ross, o esquema configura crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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