O presidente Lula (PT) disse que determinou, nesta quarta-feira (26), que o corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair em um vulcão na Indonésia, seja trazido de volta ao país com apoio do governo federal. A decisão contraria o que vinha sendo informado até então pelo Itamaraty, que alegava não ter autorização legal para custear o traslado.Lula informou a medida diretamente ao pai de Juliana, Manoel Marins, durante uma ligação telefônica pela manhã.
Juliana foi declarada morta na última terça-feira (25), após quatro dias de buscas no Monte Merapi, um vulcão ativo na ilha de Java. Quando os socorristas conseguiram chegar ao local onde ela havia caído, constataram o óbito. Desde então, a família vinha enfrentando um impasse para trazer o corpo de volta ao país.
O Itamaraty chegou a dizer que prestaria apoio à família, mas que não arcaria com os custos do transporte. Segundo nota enviada ao UOL, embaixadas e consulados apenas auxiliam na emissão de documentos, como certidões de óbito e autorização para traslado, sem envolvimento financeiro.

O posicionamento segue o que determina o Decreto 9.199/2017, que regula a assistência consular prestada pelo governo brasileiro no exterior. O artigo 257 do texto é claro: o custeio de despesas com sepultamento ou transporte de corpos não está incluído na assistência, exceto em situações de caráter humanitário – o que, aparentemente, Lula decidiu considerar no caso de Juliana.
Juliana tinha 31 anos e vivia na Ásia havia três. A morte dela provocou grande repercussão nas redes sociais, com apelos por ajuda e mobilização para garantir o retorno de seu corpo ao Brasil.